30 de abr. de 2010

A Menina Dança

Composição: Galvão - Moraes Moreira

Quando eu cheguei tudo, tudo
Tudo estava virado
Apenas viro me viro
Mas eu mesma viro os olhinhos

Só entro no jogo porque
Estou mesmo depois
Depois de esgotar
O tempo regulamentar

De um lado o olho desaforo
Que diz meu nariz arrebitado
E não levo para casa, mas se você vem perto eu vou lá
Eu vou lá!

No canto do cisco
No canto do olho
A menina dança

E dentro da menina
A menina dança
E se você fecha o olho
A menina ainda dança

Dentro da menina
Ainda dança

Até o sol raiar
Até o sol raiar
Até dentro de você nascer
Nascer o que há!

Quando eu cheguei tudo, tudo
Tudo estava virado
Apenas viro me viro
Mas eu mesma viro os olhinhos

ADORO ESSA MÚSICA NA VOZ DA MARISA MONTE, MAS A BABY É O QUE HÁ!!! E AS DUAS JUNTAS? 

29 de abr. de 2010

TRÊS COLOCAÇÕES...

1ª. 3ºG, vocês não vão me fazer desistir do meu sonho de serprofessora e nem ficar descrente na possibilidade de existir uma educação pública de qualidade

2ª. Prova não é atestado de burrice...

3ª. NÃÃOOOOOOO existe a conjunção "seje"!!!!!!!!!!!!!!!

A 4ªcolocação é pelo stress: redação não é escrita com "SS"!!!

EU MEREÇO!

25 de abr. de 2010

O GATO E O ESCURO

Vejam, meus filhos, o gatinho preto, sentado no cimo desta história.

Pois ele nem sempre foi dessa cor.

Conta a mãe dele que, antes, tinha sido amarelo, às malhas e às pintas.
Todos lhe chamavam o Pintalgato.

Diz-se que ficou desta aparência, em totalidade negra, por motivo de um susto.
Vou aqui contar como aconteceu essa trespassagem de claro para escuro.
O caso, vos digo, não é nada claro.

Aconteceu assim:
o gatinho gostava de passear-se nessa linha onde o dia faz fronteira com a noite.
Faz de conta o pôr do Sol fosse um muro.
Faz mais de conta ainda os pés felpudos pisassem o poente.
A mãe se afligia e pedia:
- Nunca atravesse a luz para o lado de lá.

Essa era a aflição dela, que o seu menino passasse além do pôr de algum Sol. O filho dizia que sim, acenava consentindo.

Mas fingia obediência.

Porque o Pintalgato chegava ao poente e espreitava o lado de lá.
Namoriscando o proibido, seus olhos pirilampiscavam.

Certa vez, inspirou coragem e passou uma perna para o lado de lá, onde a noite se enrosca a dormir.

Foi ganhando mais confiança e, de cada vez, se adentrou um bocadinho.

Até que a metade completa dele já passara a fronteira, para além do limite.

Quando regressava de sua desobediência, olhou as patas dianteiras e se assustou.

Estavam pretas, mais que breu.

Escondeu-se num canto, mais enrolado que o pangolim.
Não queria ser visto em flagrante escuridão.

Mesmo assim, no dia seguinte, ele insistiu na brincadeira.
E passou mesmo todo inteiro para o lado de além da claridade.
À medida que avançava seu coração tiquetaqueava.
Temia o castigo. Fechou os olhos e andou assim, sobrancelhado, noite adentro. Andou, andou, atravessando a imensa noitidão.

Só quando desaguou na outra margem do tempo ele ousou despersianar os olhos. Olhou o corpo e viu que já nem a si se via. Que aconteceu? Virara cego?
Por que razão o mundo se embrulhava num pano preto?

Chorou.
Chorou.
E chorou.

Pensava que nunca mais regressaria ao seu original formato.
Foi então que ouviu uma voz dizendo:
- Não chore, gatinho.
- Quem é?
- Sou eu, o escuro. Eu é que devia chorar porque olho tudo e não vejo nada.

Sim, o escuro, coitado. Que vida a dele, sempre afastado da luz!
Não era de sentir pena? Por exemplo, ele se entristecia de não enxergar os lindos olhos do bichano. Nem os seus mesmo ele distinguia, olhos pretos em corpo negro. Nada, nem a cauda nem o arco tenso das costas. Nada sobrava de sua anterior gateza.
E o escuro, triste, desabou em lágrimas.

Estava-se naquele desfile de queixas quando se aproximou uma grande gata. Er a mãe do gato desobediente. O gatinho Pintalgato se arredou, receoso que a mãe lhe trouxesse um castigo. Mas a mãe estava ocupada em consolar o escuro. E lhe disse:
- Pois eu dou licença a teus olhos:
fiquem verdes, tão verdes que amarelos.

E os olhos do escuro de amarelaram. E se viram escorrer, enxofrinhas, duas lagriminhas amarelas em fundo preto.
O escuro ainda chorava:
- Sou feio. Não há quem goste de mim.
- Mentira, você é lindo. Tanto como os outros.
- Então porque não figuro nem no arco-íris?
- Você figura no meu arco-íris.
- Os meninos têm medo de mim. Todos têm medo do escuro.
- Os meninos não sabem que o escuro só existe é dentro de nós.
- Não entendo, Dona Gata.
- Dentro de cada um há o seu escuro. E nesse escuro só mora quem lá inventamos. Agora me entende?
- Não estou claro, Dona Gata.
- Não é você que me te medo. Somos nós que enchemos o escuro com nosso medos.

A mãe gata sorriu bondades, ronronou ternuras, esfregou carinho no corpo do escuro.
E foram carícias que ela lhe dedicou, muitas e tantas que o escuro adormeceu. Quando despertou viu que as suas costas estavam das cores todas da luz.
Metade do seu corpo brilhava, arco-iriscando. Afinal?
O espanto ainda o abraçava quando escutou a voz da gata grande:

- Você quer ser meu filho?

O escuro se encolheu, ataratonto.
Filho?
Mas ele nem chegava a ser coisa alguma, nem sequer antecoisa.
- Como posso ser seu filho se eu nem sou gato?
- E quem lhe disse que não é?
E o escuro sacudiu o corpo e sentiu a cauda, serpenteando o espaço. Esticou a perna e viu brilhar as unhas, disparadas como repentinas lâminas.
O Pintalgato até se arrepiou, vendo um irmão tão recente.

- Mas, mãe:
sou irmão disso aí?
- Duvida, Pintalgatito?
Pois vou-lhe provar que sou mãe dos dois.
Olhe bem para os meus olhos e verá.

Pintalgato fitou o fundo dos olhos da sua mãe, como se se debruçasse num poço escuro. De rompante, quase se derrubou, lhe surgiu como que um relâmpago atravessando a noite.

Pintalgato acordou, todo estremolhado, e viu que, afinal, tudo tinha sido um sonho. Chamou pela mãe. Ela se aproximou e ele notou seus olhos, viu uma estranheza nunca antes reparada. Quando olhava o escuro, a mãe ficava com os olhos pretos. Pareciam encheram de escuro. Como se engravidassem de breu, a abarrotar de pupilas.
Ante a luz, porém, seus olhos todos se amarelavam, claros e luminosos, salvo uma estreitinha fenda preta.

Então, o gatinho Pintalgato espreitou nessa fenda escura como se vislumbrasse o abismo.
Por detrás dessa fenda o que é que ele viu?
Adivinham?
Pois ele viu um gato preto, enroscado do outro lado do mundo.

COUTO, Mia. "O gato e o escuro". 2ed. Lisboa: Editora Caminho, 2001.

21 de abr. de 2010

[500] Days of Summer - "500 dias com ela"




É a história de uma menino que encontra a menina que sonhou por toda a vida e essa história nos leva para os lados bom ou mau de se apaixonar, mas não do modo que comumente se vê frequentemente em filmes em que há sonhos por toda parte. Esta é uma versão, mesmo água com açúcar,  mais realista, pois o público se vê envolvido em seus próprios sentimentos, se sentindo mesma maneira que o rapaz se sentiu ao ser deixado.
O artifício de 500 Days of Summer é o não seguimento de uma ordem cronológica, saltando em torno de 488 dias a partir do dia 1 ao dia 157 dias 7 e 256 a 301 dias para 40 dias e assim por diante. Esta técnica permite que o filme, de certa forma, nos mostre os dois lados da situação romântica de uma vez e faz toda a experiência mais "divertida" para assistir (que é, afinal, mais comédia do que drama, na verdade, o drama é muito leve) por ser cheio de momentos peculiares e de comédia romântica.
Não esqueçamos a trilha sonora cheia de originalidade e clichê. Sem perceber, no decorrer do filme você se vê cantarolando. Sem contar o fofíssimo Joseph Gordon-Levitt com um  filme todo sob seu ponto de vista: o Tom Hanson cai de ponta-cabeça para o verão Zoey Deschanel Finn, mesmo quando ele é avisado por Summer que ela não quer um relacionamento, apenas divertimento, ser completamente independente, para não mencionar que ela é uma espécie de rainha de gelo radiante. Eles são completamente opostos e o final não poderia ser possível em conjunto (afinal de contas o filme avisa à platéia que esta história não era de amor).


Trilha sonora completa:

"A Story of Boy Meets Girl" - Mychael Danna and Rob Simonsen
"Us" - Regina Spektor
"There Is A Light That Never Goes Out" - The Smiths
"Bad Kids" - Black Lips
"Please, Please, Please Let Me Get What I Want" - The Smiths
"There Goes the Fear" - Doves
"You Make My Dreams" - Hall & Oates
"Sweet Disposition" - The Temper Trap
"Quelqu'un m'a dit" - Carla Bruni
"Mushaboom" - Feist
"Hero" - Regina Spektor
"Bookends" - Simon & Garfunkel
"Vagabond" - Wolfmother
"She's Got You High" - Mumm-Ra
"Here Comes Your Man" - Meaghan Smith
"Please, Please, Please Let Me Get What I Want" - She & Him

18 de abr. de 2010

Tatiana Belinky é a mais nova integrante da Academia Paulista de Letras

Academia Paulista de Letras recebeu um novo membro. Para ocupar a vaga que pertencia ao médico Pedro Kassab -- pai do prefeito de São Paulo Gilberto Kassab --, assume a escritora infanto-juvenil e tradutora Tatiana Belinky. A escolha foi anunciada na última semana. Consagrada como tradutora de clássicos como "Os Meninos da Rua Paulo", Tatiana ficou conhecida por adaptar, pela primeira vez, a obra do Sítio do Picapau Amarelo, de Monteiro Lobato, para a televisão.
A escritora também publicou os próprios livros, muitos voltados para a cultura russa -- isso porque Tatiana nasceu em São Petersburgo e veio para o Brasil aos dez anos. Uma de suas obras mais recentes é "Bisaliques Eta Bisa Boa", que enfoca limeriques, tipo de verso originário da Irlanda, para falar de uma bisavó.
Aos 91 anos, Tatiana Belinky costuma dizer que não tem uma carreira, mas “uma trajetória cheia de aventuras”. A mais recente delas começou na última quinta. “Estou pronta para trabalhar, como fiz a vida inteira”, afirma Tatiana, animada com a imortalidade, apesar da gripe fora de hora que a deixou rouca e com tosse na última semana. “Nem deu tempo de tomar a vacina.”
Dá para saber mais sobre os trabalhos da autora no site da editora Companhia das Letras. Sua obra, porém, é vasta e conta com cerca de 130 livros publicados -- alguns premiados pelo Jabuti e pela FNLIJ (Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil).

15 de abr. de 2010

Eu queria trazer-te uns versos muito lindos

Eu queria trazer-te uns versos muito lindos
Colhidos no mais íntimo de mim...
Suas palavras
seriam as mais simples do mundo,
porém não sei que luz as iluminaria
que terias de fechar teus olhos para as ouvir...
Sim! Uma luz que viria de dentro delas,
como essa que acende inesperadas cores
nas lanternas chinesas de papel!
Trago-te palavras, apenas... e que estão escritas
do lado de fora do papel... Não sei, eu nunca soube o que dizer-te
e este poema vai morrendo, ardente e puro, ao vento


da Poesia...
como
uma pobre lanterna que incendiou!

Do livro "Quintana de bolso", Editora LP&M Pocket - Porto Alegre (RS), 2006, pág. 59.

14 de abr. de 2010

AMAR NÃO DÓI!

"Viviam tão tranqüilos que, se se aproximava um momento de alegria, eles se olhavam rapidamente, quase irônicos, e os olhos de ambos diziam: não vamos gastá-lo, não vamos ridiculamente usá-lo. Como se tivessem vivido desde sempre."
Laços de Família in "Laços de Família", Editora Rocco - Rio de Janeiro, 1998, pág. 94.

Porque Eu Sei Que É Amor

Composição: Sérgio Britto e Paulo Miklos

Porque eu sei que é amor
Eu não peço nada em troca
Porque eu sei que é amor
Eu não peço nenhuma prova

Mesmo que você não esteja aqui
O amor está aqui
Agora

Mesmo que você tenha que partir
O amor não há de ir
Embora

Eu sei que é pra sempre
Enquanto durar
E eu peço somente
O que eu puder dar

Porque eu sei que é amor
Sei que cada palavra importa
Porque eu sei que é amor
Sei que só há uma resposta

Mesmo sem porquê eu te trago aqui
O amor está aqui
Comigo

Mesmo sem porquê eu te levo assim
O amor está em mim
Mais vivo

Porque eu sei que é amor

13 de abr. de 2010

AMOR...

Oi Coração!!!!!!!!!!
Vou escrever pra você aqui mesmo porque sei que você acompanha esse blog, e que, talvez, seja a única pessoa que o faça. Acho que você vem até aqui e me lê na tentativa de entender um pouco o que se passa nessa minha cabeça, às vezes, tão vazia... Não tente me entender, continue me amando!
Estamos completando 7 anos... número de superstição para alguns, mas de sorte para nós porque não tivemos que cruzar 7 mares para nos encontrarmos, nem pular 7 ondas para nos aproximarmos, nem enfrentar os 7 anões da Branca de Neve ou a Hidra de Lerna com suas 7 cabeças, nem ao menos as 7 trombetas do Apocalipse, mas sei que estarei com você mesmo a 7 palmos do chão... Sempre e pra sempre... Isso significa, também, que alguém já superou os 7 anos de azar e que nenhum de nós se utilizou de algum sortilégio, porque o mesmo duraria apenas 7 anos...
Foi o destino mesmo.
Dedico a você (ou a nós) uma canção, que, não é mentira, você tocou pra mim no nosso 7º mês de namoro. Tímido, como você era (e há muito o deixou de ser), você tocou no violão (que só tem 6 cordas), se utilizando de 7 notas (ou menos, não sei), uma música que me fará lembrar pra sempre daquele dia de chuva.
Não temos uma música, com sempre lembramos, mas temos um repertório inteiro que começa por esta:

PRA VOCÊ

DO 3º DISCO DE NOSSA BANDA FAVORITA EM COMUM, A 4º MÚSICA (A SOMA DÁ 7, HEIM!)

ÚLTIMO ROMANCE (Rodrigo Amarante)

Eu encontrei quando não quis

Mais procurar o meu amor
E quanto levou foi pr'eu merecer
Antes um mês e eu já não sei

E até quem me vê lendo o jornal
Na fila do pão, sabe que eu te encontrei
E ninguém dirá que é tarde demais
Que é tão diferente assim
Do nosso amor a gente é que sabe, pequena

Ah vai!
Me diz o que é o sufoco que eu te mostro alguém
Afim de te acompanhar
E se o caso for de ir à praia eu levo essa casa numa sacola

Eu encontrei e quis duvidar
Tanto clichê deve não ser
Você me falou pr'eu não me preocupar
Ter fé e ver coragem no amor

E só de te ver eu penso em trocar
A minha TV num jeito de te levar
A qualquer lugar que você queira
E ir onde o vento for

Que pra nós dois
Sair de casa já é se aventurar

Ah vai, me diz o que é o sossego
Que eu te mostro alguém afim de te acompanhar
E se o tempo for te levar
Eu sigo essa hora e pego carona pra te acompanhar

2 de abr. de 2010

VÍRGULA

Sobre a Vírgula

Campanha dos 100 anos da ABI (Associação Brasileira de Imprensa).

Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere.

Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.

Pode criar heróis..
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.

A vírgula pode condenar ou salvar.
Não tenha clemência!
Não, tenha clemência!

Uma vírgula muda tudo.

ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.

Detalhes Adicionais:

SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.

* Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER....
* Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM...