31 de jul. de 2010

RAQUEL

(Jorge Drexler)

Busca mis ojos
toma mi mano, acércate
Este es tu sitio
esta es tu taza de café
No digas nada
dices con la mirada mas de lo que crees
A la deriva llevas el alma en el timón
Vas por la vida sólo buscando el corazón
Buscas un puerto, buscas un cielo abierto
lejos del dolor

Ooh... Raquel

Tanto camino, tanto buscarte en outra piel
A tu destino, querías mantenerte fiel
Princesa herida
el teatro de la vida
cambia tu papel

Ooh... Raquel
 
Do álbum do Nenhum de Nós, "Pequeno Universo" lançado em 2005.

20 de jul. de 2010

AOS AMIGOS QUE SEMPRE TEREI...

Comemorei o meu primeiro dia do Amigo aos 15 anos. Me lembro de termos ouvido na extinta Rádio Cidade que no dia 20 de julho era celebrada a amizade, e, me lembro também de termos dito uns aos outros que não poderíamos esquecer aquela data pois se tratava do dia do aniversário de nosso grande amigo Binho.
Passaram-se onze anos, sempre me lembrarei daquele dia e do que aquele momento significou. Estavamos cravando uma amizade que começara alguns anos antes e preparando terreno para que outros amigos pudessem vir... e assim foi!
Agradeço, hoje, através desta postagem, a todos os que compartilharam sua vidas comigo. Que me abraçaram ou rejeiitaram, sorriram pra mim, e, as vezes, de mim... aos que entenderam que meu desejo de voar através da poesia, quando mais jovem, e, hoje, através da prosa não era por vontade de sumir de suas vidas, mas para poder levar-lhes através de outras possibilidades... Acho que puderam entender que literatura era tão importante para mim quanto suas presenças constantes ao meu lado.
Ganhei novos amigos durante este tempo e se tornaram tão importantes que penso não poder mais viver sem a atenção de seus mimos. Amo-os sempre, e para sempre.
Celebremos aos amigos de ontem, os que escolhiam seu primeiro livrinho lá na pequena biblioteca do Borges e aos de hoje que ajudam a compor o imaginário da literatura infantil deste país... celebremos os amigos que leram comigo o lilho "Amor e cuba libre" e mais tarde me proporcionaram a emoção de conhecer a cuba e depois o amor.
Celebremos aos eternos amores e às constelares amizades. Aos de hoje e aos de todos os tempos. Amigo é mesmo coisa pra se guardar e para compartilhar!

10 de jul. de 2010

ISMÁLIA

Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.

No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...

E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...

E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...

As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...

Alphonsus de Guimarãens. Publicado no livro Pastoral aos crentes do amor e da morte: este poema, integrante da série "As Canções", foi incluído no livro “Os cem melhores poemas brasileiros do século”, Editora Objetiva, Rio de Janeiro, 2001, pág. 45, uma seleção de Ítalo Moriconi.

1 de jul. de 2010

1º DE JULHO


A Tempestade ou O Livro dos Dias, é o sétimo (númro sugestivo, não?) disco da banda brasileira de rock Legião Urbana, lançado em 20 de Setembro de 1996. É o último disco lançado pelo líder da banda, Renato Russo, ainda em vida. Segundo entrevista de Renato, o álbum foi lançado com dois nomes porque, enquanto ele preferia "A Tempestade", Bonfá preferia "O Livro dos Dias". Apesar dos dois nomes, apenas A Tempestade aparece na capa. Este nome também é uma referência a última peça de William Shakespeare, denominada também A Tempestade.
Foi o primeiro álbum produzido pelo guitarrista Dado Villa-Lobos, embora o crédito também leve o nome da banda: "Produzido por Dado Villa-Lobos e Legião Urbana".

Gravado entre janeiro e junho de 1996, no estúdio carioca AR Estúdios, foi planejado para ser um disco duplo, pois foram também gravadas canções que fariam parte do póstumo Uma Outra Estação, porém, a proposta foi novamente recusada, assim como o projeto "Mitologia e Intuição" (que originou os álbuns Dois e Que País É Este 1978/1987). Durante as gravações, Renato Russo não quis gravar vozes definitivas para todas as músicas, fazendo-o apenas na canção "A Via Láctea", e, por isso, as outras canções contam com a voz-guia (primeira voz gravada para a música). Grande parte dos arranjos estava pronta desde o fim de 1995.
A maioria das letras do disco (escritas em 1996, durante os sintomas da doença de Russo) são consideradas melancólicas e tristes, como se pode ver em canções como Mil Pedaços, Quando Você Voltar e Longe do Meu Lado, além de canções mais introspectivas, como O Livro dos Dias (que também é um dos nomes do disco) e Soul Parsifal (parceria inédita de Renato Russo com a cantora Marisa Monte). Há também espaço para letras mais cotidianas e alegres, como Leila, 1º de Julho (composta para Cássia Eller, que a gravou primeiramente) e Dezesseis (que fala sobre um jovem de Brasília, amante do rock, que falece aos 16 anos ao disputar um "racha" - corrida ilegal entre carros). A faixa "Dezesseis", além de citar Janis Joplin, Led Zeppelin, Rolling Stones e os Beatles, também cita uma música destes últimos: Strawberry Fields Forever. A faixa "1º de Julho" fora feita por Russo para Cássia Eller, que a gravou no disco Cássia Eller, em 1994. Foi gravada durante as sessões de gravação de The Stonewall Celebration Concert, primeiro disco-solo do cantor, em 1994. A principal canção do disco é A Via Láctea, com letra bastante depressiva, apesar do otimismo de seu refrão "Quando tudo está perdido / Sempre existe um caminho / Quando tudo está perdido / Sempre existe uma luz".
As primeiras edições do disco vieram com uma capa especial em formatação de livro (no mesmo formato em que foi lançado Equilibrio Distante, segundo álbum solo de Renato Russo). Renato recusou-se a tirar fotos para o álbum, tendo sido usada uma foto tirada durante as sessões de fotos de "Equilibrio Distante". Mais tarde, ambos os discos foram relançados na caixa tradicional, de plástico. Em "A Tempestade", não constam agradecimentos e nem a tradicional frase "Urbana Legio Omnia Vincit" (Legião Urbana a tudo vence) e "Ouça no volume máximo". Em seu lugar, foi escolhida uma frase do escritor modernista brasileiro Oswald de Andrade: "O Brasil é uma república federativa cheia de árvores e gente dizendo adeus".
Posto a versão acústicada Cássia, porque todos hão de convir que a escolha da música pela intérprete foi perfeita. Ninguém carntaria melhor... mil perdões Renato!